Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista
Na matéria desta sexta-feira 23, apresentamos um resumo do que se leu nas sete matérias anteriores, versando sobre Metodologias Ativas (MA´s) da aprendizagem escolar. Apresentaremos, também, alguns pontos prós e outros contras na aplicação de estratégias presentes na tipologia das MA´S. Antes, aqui, lembro aspectos pontuais de como nossas observações sobre o uso dessas estratégias, junto aos meus alunos, já em 1962, na Paraíba. A matéria detalhada está sintetizada no conteúdo de 11 de novembro deste ano, como preâmbulo, relacionando as nossas experiências didáticas com a aplicação das atuais MA´s a diversos alunos do curso fundamental e do curso técnico de Contabilidade em colégios públicos e privados, em João Pessoa, e, posteriormente, em cursos superiores em Sergipe,
Nomeada como uma Educação Disruptiva, isto é, rompedora com o modelo educativo tradicional, em que o professor e o livro deveriam ser obedecidos pelo alunado, quando, assim, excluía o caráter analítico, participativo, dos discípulos. Chris Anderson escreveu Makers: a nova revolução Industrial, destacando a capacidade da Educação Disruptiva, base da tipologia das MA´s, mostrar que a intimidade de uma pessoa com conhecimentos técnicos e com ferramentas adequadas, seria capaz de produzir seus próprios produtos. Para Anderson, o movimento radicalizaria com inovações pedagógicas, otimizando o processo ensino-aprendizagem, adequando-o ao mundo industrial contemporâneo.
Desta forma, selecionamos, entre alguns autores e escolas experimentais, 13 estratégias das MA´s, vistas nas sextas-feiras (de 11/11 a 16/12), quais foram: gamificação, sala de aula invertida, design thinking, cultura maker, aprendizado por problema, aprendizado por projeto, estudos de caso, pesquisas de campo, seminários com discussões, storytelling, aprendizado entre pares e times, ensino híbrido e rotação por estações. Pode-se dizer que algumas estratégias se completam com outras e que há uma íntima relação entre todas. O importante era mostrar características que justificassem a possibilidade de o aluno ser protagonista de seu próprio aprendizado.
Concluiu-se que a aplicação de Metodologias Ativas (MA´s), na relação ensino-aprendizagem, vem facilitando a adoção de nova condução, pelo próprio ator, o(a) aluno(a), na construção de seus saberes. A liberdade de ser o protagonista dos seus conhecimentos, dá-lhe um bom espírito de auto-confiança de pesquisar, individualmente ou em grupo, atendendo as suas expectativas frente às novas estratégias de aprendizagem escolar.
Todavia, como é um tema relativamente novo na gestão do ensino, falta a participação dos pais, amigos, incluindo, nas relações domésticas, uma comunicação que contemple o foco das MA´s nos assuntos transversais entre familiares e amigos. Além do mais, é necessário adequar algumas etapas de cada estratégia, a fim de que não restem dúvidas nos alunos, durante e no final do processo da aprendizagem previamente programada pela escola. Por isso que uma orientação inicial, geral, dada pela coordenação dos cursos, com a participação do(s) professor(es), e outras pessoas significativas do ambiente escolar, contextualizando aqueles aspectos extra-escolares, durante o desenvolvimento da aprendizagem, cria, também, um grau elevado de confiança e de satisfação entre todos envolvidos no processo educativo.
Tendo-se boa interação com os colegas, melhora-se o aprendizado, porque os diversos conhecimentos são compartilhados – a divisão de tarefas é uma técnica gratificante, ajuda na criatividade e no poder de argumentação com lógica, facilitando uma boa comunicação com qualquer público. E o estudo prévio, orientado pelo professor, sobre os assuntos previstos na programação curricular, ajuda o(a) aluno(a) na avaliação do autoconhecimento e no aprofundamento do respeito às regras não coercitivas, delimitadas cooperativamente.
Tenham bom proveito destas matérias, bem como um solidário e feliz Natal!
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