Professor Eduardo Ubirajara R. Batista
Antes de 2020, exercemos o ofício de professor de ensino básico e médio em oito escolas de João Pessoa e de Aracaju, em duas Fundações de Ensino Superior – uma de João Pessoa e outra de São Paulo, para cursos de formação e de capacitação – e em quatro instituições de ensino superior: duas faculdades e duas universidades de Sergipe. Também ministramos palestras e cursos livres, ora intermediados pelas faculdades e universidades, ora como docente contratado por empresas públicas e privadas. Estou falando, um pouco, de meu exercício de professor, para os assuntos expostos em matérias semanais, divulgados pela ASAP/SE, pois os temas das nossas matérias, aqui veiculadas, versam sobre novas metodologias de ensino para os diversos segmentos educacionais.
Antes de começar a instrução e a arte docentes, aos 12 anos, eu já preparava alunos interessados em prestar concurso de seleção para admissão ao ginásio. Tanto nessas experiências imberbes, como as construídas durante outros cursos programados por escolas de ensino básico e médio, bem como pelas de ensino superior, a partir de 18 anos de idade, contei com o apoio logístico e com a liberdade, autorizada pelos administradores e coordenadores escolares. Deste modo, eu podia ensaiar com os alunos e alunas – e compartilhando as experiências didáticas com outros colegas docentes – diversas idéias ligadas à Escola das Relações Humanas.
Na Teoria Geral da Administração, as relações humanas focam a importância de todas as pessoas de uma empresa, como sendo significativas para análises conjuntas, independentemente da categoria profissional de cada um, visando-se às soluções de problemas e à melhoria da satisfação, tanto dos clientes internos (capital intelectual e social da empresa), quanto dos clientes externos e demais stakeholders (outras categorias que nutrem a sobrevida de uma empresa). Assim, as necessidades e o bem estar de todos que servem e são servidos pela empresa são bastante relevantes, tal como deve ser no ambiente da aprendizagem escolar. Incrementar novas ferramentas tecnológicas e inovar para a melhoria dos produtos e dos serviços, sob avaliações constantes, ajuda para o sucesso de todos.
Voltamos, na matéria desta sexta-feira 20, ainda com algum reforço sobre conceitos e aplicabilidade da holística na aprendizagem escolar, comparando, agora, com conceitos pertinentes à Escola Humanista. A comparação entre as filosofias educacionais reducionista e holística, já vimos nos três capítulos anteriores a este.
Na escola filosófica humanista, o professor é orientador, facilitador da aquisição de conhecimentos. Ele atua como mediador, sempre respeitando as individualidades e as características de cada um. Desta forma, ele pode agir, no exercício docente, de uma forma mais integrada e harmônica em relação aos alunos, assim como em relação ao corpo administrativo, e em contato periódico com os responsáveis pelos alunos. A Educação Humanista defende a idéia de que todos devem ter igualdade de oportunidades. Apesar desta preocupação central de maior engajamento psicossocial e político do aprendiz, a metodologia assemelha-se, intrinsicamente, à maioria das metodologias ativas, vistas na série anterior à que estamos divulgando agora.
Também é possível vislumbrar características da filosofia holística próximas da filosofia humanista, quando aquela atenta para a valorização de todas as interações que ocorrem no interior das instituições escolares, destacando-se as varáveis intervenientes, que podem facilitar ou dificultar a assimilação dos assuntos estudados, pesquisados e analisados em sala de aula. Lembramos que a Educação Holística propõe reunir vozes dispersas em um projeto que objetiva compreender a totalidade da pessoa participativa, a partir do seu corpo, sua emoção, seu intelecto e seu espírito. Desta forma, justifica-se a motivação inspiradora sob uma reverência intrínseca pela vida, através do tempo, e pela paixão, através da vontade de aprender. Isto significa que ela se baseia no estudo dos sistemas complexos. E neste caso, a Educação Holística inclui um importante braço da Escola Humanista.
Sucesso na leitura desta matéria!
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