Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista
Nas cinco matérias das sextas-feiras anteriores a esta, 9 de dezembro, continuamos com o artigo principal do assunto desta série sobre gestão escolar e suas práticas na relação ensino-aprendizagem. Outras três matérias anteriores ao estudo das Metodologias Ativas (MA´s), versaram sobre elementos de Administração Geral – captação e seleção de pessoas, treinamento e desenvolvimento, cultura e clima organizacionais, motivação, avaliação de desempenho, qualidade de vida no trabalho. Esses tópicos levam à avaliação da satisfação de clientes internos (colaboradores, ou servidores, de uma empresa) e dos clientes externos (no caso da escola, alunos e pais dos alunos).
Temos lembrado, em todas as matérias, que esses modelos estratégicos de ensino incentivam os alunos a aprenderem, de forma autônoma e participativa, através de conhecimentos sobre problemas e situações reais do cotidiano ou de explicações científicas questionáveis. Para isso, eles desenvolvem tarefas estimuladoras do pensar, do sentir e do agir, sendo capazes de construir soluções de problemas ou novas explicações de fatos ou fenômenos. A liberdade para os debates em seminários propiciam uma melhor capacidade de construir os novos conhecimentos, com o devido zelo, que os casos exigem. Enquanto isso, o professor é coadjuvante, acompanha, com orientações pedidas, o protagonismo dos alunos no processo de aprendizado deles.
Os modelos da tipologia referente às MA´s, para a gestão da aprendizagem, vistos até agora, foram: gamificação, sala de aula invertida, design thinking, cultura maker, aprendizado por problemas, aprendizado por projetos, estudo de caso, pesquisa de campo e análises com discussões. Na matéria de hoje, veremos as características dos tipos de MA´s: storytelling; e aprendizado entre pares e times. Ficam faltando, para a próxima sexta-feira, as explicações sobre o ensino híbrido; e rotação por estações.
Storytelling (narrativa) – Histórias ou estórias sobre o que se viu, ouviu, participou delas – sejam oriundas de casa, da rua ou das informações via livrinhos, mídias, são parte rica de uma estratégia motivadora – até despertam curiosidade e reconstrução com novas histórias ou estórias. As crianças de 4 a 10 anos costumam fazer perguntas curiosas sobre o conteúdo de uma história ou de uma estória contada, em casa, por colegas de sala de aula, por professoras e professores, etc. Nenhuma nação é construída sem narrativas – fatos relevantes que entraram para a História da Humanidade. Tradições orais, fábulas, filmes, contos de cordel, cantigas de dormir… Enfim, tudo que mexe com nossa cabeça, com o coração e com o sentimento construído na alma constrói conhecimentos. Criar novos personagens, saber sobre fatos do cotidiano e contá-los, com mais precisão, acabam por identificar a personalidade de cada aluno protagonista dos seus saberes. E a tecnologia ajuda.
Aprendizado entre pares e times – Pela MA Aprendizagem Baseada em pares ou em Times (Team-Based Learning – TBL), os alunos se reúnem em pequenos grupos de aprendizagem, em um mesmo espaço físico, visando à solução dos desafios selecionados com cabíveis orientações, lançados antes, durante ou após cada aula. Ao exemplo dos outros 12 tipos, é importante lembrar que o conhecimento prévio sobre o tipo (método) de MA, a ser executado pelos alunos, é fundamental, assim como é saber quais os desafios a serem selecionados. Assim, constrói-se o planejamento, antecedido de algumas referências (fundamentos teóricos de livros, artigo) que, nesta fase inicial, pode ser realizado, também, de forma individual ou em pares. Em seguida, discute-se, nos pequenos grupos, o planejamento com o objetivo geral, os objetivos específicos, as justificativas (motivação). Tudo isso, para a aplicação do método, com segurança, até a avaliação dos resultados.
Bom proveito!
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