Professor Eduardo Ubirajara Rodrigues Batista

Para promover a melhoria da qualidade da relação ensino-aprendizagem na escola, revisamos os conceitos de eficiência, de eficácia e de efetividade, assunto importante para avaliações de acompanhamento, pela escola, pelos pais ou responsável pelo aluno e pelo próprio aluno, que precisa saber seu próprio feedback. uma vez que deve ser o principal protagonista de sua aprendizagem. Em seguida, refletimos sobre estratégias vitais para o êxito do protagonismo do aluno, se estiver estudando com base em, pelo menos, um modelo de metodologias ativas ou semelhantes. Para que as estratégias deem certo, citamos a relevância da participação de pais, de professores, orientadores pedagógicos, gestores da escola e dos próprios alunos, no planejamento e nos planos das visitas.

Ao fazer uma leitura prévia para a matéria de hoje, elegi dois textos – um do jornal Estado de São Paulo, datado de ontem, 1º de junho, e outro de uma matéria escrita pela mestra Eliane da Costa Bruini, colaboradora da revista Brasil Escola. Também ouvi opiniões, aleatoriamente, em forma de entrevistas livres, com 20 pais e mães de estudantes – metade com filho(a) em escola privada e metade em escola pública. Os pais e mães, que aceitaram cooperar conosco, teriam que responder a, apenas, uma questão: Como o(a) senhor(a) comparam o ensino particular com o público?

  • Jornal Estado de São Paulo – “O Ministério da Educação (MEC) apresentou nesta quarta-feira, 31, os critérios que serão considerados a partir de agora no País, para definir como uma criança está alfabetizada. Entre os parâmetros para alunos de 7 anos, que estão no 2º ano do ensino fundamental, está o de escrever bilhetes e convites, e ler textos simples, tirinhas e histórias em quadrinhos. Segundo a nova medida, 56,4% dos estudantes do referido 2º ano não estavam alfabetizados no Brasil em 2021. As últimas avaliações do Sistema Nacional da Avaliação Básica (SAEB) não delimitavam exatamente o que era um estudante alfabetizado. Agora, o MEC determinou um ponto de corte, no SAEB – com 743 pontos -, mas não foiuma prova nova. No fim deste ano um exame […] realizado com novos parâmetros indicará um cenário mais claro da alfabetização de crianças.

 

  • Antes da pandemia, em 2019, havia 40% de crianças não alfabetizadas. O atual ministro da Educação, Camilo Santana disse que ‘essa realidade nos envergonha’, comentando, também, os resultados da avaliação internacional PIRLS neste mês. A prova analisa a leitura de crianças do 4º ano e mostrou o Brasil nas últimas colocações. O ministro afirmou: ‘Esperamos […], daqui há uns anos, apresentar números de mudança, […] orgulho de ter um país que alfabetiza, [de fato] suas crianças’.”

Aqui, no próximo parágrafo, colocamos nosso comentário, mais geral, sob o ponto de vista histórico, sobre a matéria do Estado de São Paulo, em busca de maior clareza, principalmente pela falta de algum indício, entre os 743 pontos do SAEB, sobre a adoção da estratégia visitas, que defendemos para uma eficaz melhoria nas interrelações dos personagens vitais – pais, alunos, professores, gestores, orientadores pedagógicos, psicólogos – para o alcance da alfabetização desejável.

A Educação de crianças e de jovens adolescentes de nosso país mostrou, sempre e de forma nítida, a intenção de se manter a representação de um apartheid de segregação social, cimentado desde o Brasil Colonial. Temos duas classes de cidadãos, cujos filhos podem cursar uma escola privada ou têm que estudar em uma escola pública. Qualquer historiógrafo da Educação Brasileira é testemunha dessa intenção político-econômica de manter esse abismo, a fim de se perpetuarem os ‘bem dotados’ líderes da economia e da política do Brasil.

Não estamos categorizando, aqui, o que seja melhor ou pior modelo de escola, até porque há restrições, nas escolas privadas – em sua maioria – quanto à liberdade de se aprender para uma cidadania isenta de preconceitos e de controle da sociedade menos abastada. Por outro lado, em tese, os professores da rede pública e por serem concursados, têm mais liberdade de orientar seus alunos para os problemas de ordem econômica e política, de orientação para uma cidadania integral de seus alunos. Entretanto, há de se afirmar, corretamente, que o perfil socioeconômico do alunado da escola pública, também em sua maioria, não é compatível a um programa de aprendizagem bem sucedida. Sobre os indicadores disto, que estamos expondo, veremos na próxima matéria.

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1 O ESTADO DE SÃO PAULO: manchete do jornal, 1ª parte de 01 jun. 2023. Comentário de Chico Bruno.

2 BRUINI, Eliane da Costa. Educação no Brasil. Disponível em: HTTPS://brasilescola.uol.com.br/educação/educação-no-Brasil.htm. Acesso em 1º jun.2023.

Tenham bom proveito na leitura desta matéria e um excelente final de semana!

 

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