Por Professor Sérgio Araújo

Eu acho incrível a quantidade de pessoas que ainda declaram que falam tudo o que pensam na hora de uma entrevista.

Se você faz o tipo “sincerão” acho que já deve ter perdido algumas boas oportunidades de emprego.

Você já passou pela experiência de participar de uma entrevista sabendo que era o melhor candidato,  o que tinha todas as qualificações para ocupar a vaga, mas quando chegou o resultado você não foi o escolhido?

Pois bem, acredite: isso é mais comum do que se pode imaginar.

Talvez você esteja sendo vítima do tal “SINCERICÍDIO”, ou seja, o uso indevido do seu “excesso de opinião”, que resulta invariavelmente em manchar a sua própria imagem diante de quem a recebe.

Em uma entrevista de emprego o sincericídio é um tipo de  “suicídio profissional” que você comete ao se autogolpear com opiniões, expressões e verdades absolutas. Às vezes até pelo seu jeito extremamente “autêntico” de se comportar e até de se vestir.

Algumas vezes você pensa que o fato de outra pessoa ter sido escolhida em seu lugar foi resultado de indicação; outras vezes você pode pensar que um outro realmente dever ter sido melhor qualificado que você; ou simplesmente você fica sem saber qual o critério que a empresa utilizou para a escolha de outro candidato com um currículo inferior.

Se isso aconteceu, existe uma grande probabilidade de você ter sido muito “sincero” na hora da comunicação com entrevistador.

Algumas pessoas se orgulham em dizer que falam o que pensam na hora da entrevista, mas sinto informar que essa não é a estratégia mais inteligente. Na verdade, você pode estar se autossabotando sem perceber. Ou seja, inconscientemente, você pode estar colocando empecilhos e barreiras para não alcançar o seu objetivo.

Claro quem em uma entrevista você não deve mentir, mas também não é o local para que você fale tudo o que venha a sua cabeça, para expor seus medos, suas angústias, suas fraquezas, suas oportunidades perdidas ou os seus fracassos. Deixe isso para a terapia.

Também não é o momento de você expor as suas preferências políticas ou religiosas, principalmente se elas tiverem um caráter extremamente crítico (se é que você me entende). Da mesma forma, não é aconselhável que apresente seus posicionamentos negativos em relação ao seu antigo empregador ou chefe.

O momento da entrevista deve ser formal porém leve e até divertido, em que você deve buscar uma conexão com o entrevistador, mas sem expor tudo o que pensa, principalmente se isso for comprometer as suas chances de ser o escolhido.

Para evitar a autossabotagem, ou o sincericídio, diga apenas aquilo que seja importante. Procure falar só o suficiente para que a vaga seja sua.

A entrevista é o momento em que você deve explorar as suas qualidades que estão ocultas e que não foram explicitadas no currículo. É a hora de você demonstrar que é o melhor candidato com argumentos positivos mostrando suas conquistas e os seus resultados quantitativos

Não estou dizendo aqui para ser econômico nas palavras. Muito pelo contrário. Deve-se falar bastante para tentar impressionar o entrevistador. Porém, o bate-papo deve ser conduzido da maneira mais racional possível, mesmo que você aborde assuntos emocionais  que envolvam sua família, por exemplo.

Em resumo, ser eloquente no discurso, usar estratégias de contação de histórias, apelar para assuntos emocionais, tudo isso vale. Só não vale expor aspectos de sua vida e de sua carreira que não vão contribuir em nada para que você seja escolhido pela empresa na hora da entrevista.

 

 

E você? Perdeu alguma oportunidade por sincericídio? Comenta com a gente.

Reposted from @professorsergioaraujo

 

#headhunter  #jobhunter #investimento  #recolocaçãoprofissional #emprego #executivo

 

 

 

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