Por Sérgio Araújo – Doutor em Administração, professor da UFS e autor de “Vencendo o Desemprego”
Durante anos, lealdade foi vista como virtude no mundo corporativo. Permanecer décadas na mesma empresa era sinal de confiabilidade. Mas o mercado mudou. E o que antes era celebrado, hoje pode ser interpretado como estagnação.
Em um cenário de inovação acelerada, permanecer sem evoluir virou risco — não mérito.
Não é mais o profissional que muda de emprego que causa suspeita. É o que nunca se moveu. O que parou de aprender, se acomodou no cargo, se distanciou das novas demandas. A obsolescência deixou de ser tecnológica. Hoje, ela é comportamental.
Veja os perfis com maior risco de substituição:
1. O Executador Cego – Tarefas sem visão crítica. Alta performance em rotinas que já podem ser automatizadas.
2. O Técnico Estagnado – Especialista em algo que o mercado não valoriza mais. Recusa aprender.
3. O Velho Jovem – Fala como veterano aos 35. Não se atualiza, evita feedbacks, fecha portas.
4. O Bombeiro Corporativo – Faz de tudo, mas nada com profundidade. Vive no caos.
5. O Especialista Tóxico – Sabe muito, mas compartilha pouco. Gera dependência e resistência à mudança.
Esses perfis têm algo em comum: pararam de evoluir.
Hoje, o mercado busca profissionais com curiosidade, adaptabilidade e visão de futuro.
Não basta saber. É preciso continuar aprendendo.
A zona de conforto é, ironicamente, o lugar mais inseguro da empresa.
Este artigo é parte de uma reflexão mais ampla sobre o futuro do trabalho, que se tornará cada vez mais urgente nos próximos anos.
#sejainsubstituivel
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