Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista
Antes de tecermos comentários sobre o cumprimento da nova Lei (14.423/2022) dos direitos da pessoa idosa no Brasil, ainda estamos fazendo um levantamento para avaliação atualizada dos quesitos de favorabilidade, ou seja, da satisfação dessa importante parcela da população brasileira. Assim que tivermos fechado a coleta dos dados, publicaremos a nossa análise interpretativa sobre este significativo estudo, via informativo da ASAP/SE.
Hoje, estaremos encaminhando, para os colegas associados, dados comparativos sobre a qualidade de vida (satisfação) de 91% da população mundial, em 96 países, equivalendo a 901 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Essa amostra representa os países, tendo como as mesmas variáveis possíveis de perfis socioeconômicos, principalmente. A pesquisa foi publicada pela Revista Exame, em 2015, e pela Revista Forbes, em 2022. O ranking, a seguir, denominado Global AgeWatch Index, foi produzido pela ONG HelpAge International em parceria com a Universidade Southhampton, no Reino Unido. A lista mostra países com maior, média e menor satisfação em quatro categorias: renda, saúde, educação-emprego e ambiente.
Dos dados principais sobre a qualidade da satisfação, em países da amostragem pesquisada, encontramos, pela ordem de maior satisfação da pessoa idosa, os seguintes: Suiça, Noruega, Suécia, Alemanha, Canadá, Holanda, Islândia, Japão, Estados Unidos e Reino Unido. Na América do Sul, 6 países destacam-se pela maior satisfação da pessoa idosa, segundo a posição de melhor para média (regular): Chile (21º lugar), Uruguai (27º), Argentina (31º), Colômbia (36º), Equador (44º) e Peru (48º lugar). Com avaliação média, encontra-se o Brasil na 58ª posição. E os países sulamericanos, com menores posições no ranking mundial, são: Paraguai (69º lugar) e Venezuela (76º lugar). Já o Afeganistão é pior país do mundo para pessoas com mais de 60 anos, encontra-se em 96° lugar.
No Brasil, o melhor quesito, que satisfaz a pessoa idosa, é o da renda (13º lugar no mundo), dada a alta cobertura de renda de pensão, com 83%, e uma baixa taxa de pobreza na velhice, com 8,8%. Cabe, neste momento, lembrar que outros quesitos – e suas variáveis – determinam este perfil (renda) de satisfação, deixando maquiada a avaliação. No que se refere à saúde, nosso país está em 43º lugar, enquanto que a educação-emprego, está em 58º lugar. Com esses dois quesitos, a expectativa de mais vida por 21 anos, após 60 anos, o Brasil está em posição intermediária (regular). Essas posições melhores foram reveladas, após a última revisão dos dados pela ONG HelpAge International.
Quanto ao ambiente favorável, o Brasil rasteja, ainda, entre os países com média a baixa posição no ranking mundial (87º lugar), sendo que 28% das pessoas, nessa faixa etária, estão insatisfeitas com o aspecto da segurança e 45% estão insatisfeitas com o acesso ao transporte público. Porém, neste aspecto, países da Europa e da Ásia têm, ainda, problemas com a qualidade do ar, a exemplo da zona fronteiriça entre França e Espanha, do Japão e da China, onde as pessoas idosas sobrevivem em áreas com níveis perigosos de poluição do ar. No que diz respeito à educação e emprego, são poucos os programas, no Brasil, onde as pessoas idosas participam de reciclagem ou aperfeiçoamento em categorias de nível de graduação superior e de consequente qualidade profissional, porque têm uma apreciável reserva de experiência(s) profissional(is). Faltam-nos políticas de ambientes físicos e sociais, incluindo-se os culturais, para gerar mais prazer de sobreviver na “melhor idade”.
Os problemas que afetam a pessoa idosa não estão muito perto de ser mitigadas, até porque, em 2050, 46 desses 96 países investigados terão mais de 30% de suas populações de pessoas com mais de 60 anos de idade. Os países em déficit com os cuidados com essa faixa etária, credora de melhores tratamentos na qualidade de vida desejada por qualquer ser humano. Cabe às instituições públicas e privadas de todo o mundo, rever seus projetos sociais, incorpando mais e melhores alternativas de lazer e de atualização das diversas formas de conhecimento, a fim de termos um melhor quadro de dados satisfatórios das pessoas idosas.
A maioria das pessoas teme o envelhecimento por seu declínio físico e mental. Mas um novo estudo, realizado em conjunto pela National Geographic e pela American Association of Retired Persons (AARP), que reúne pessoas com mais de 50 anos em torno da ideia de aposentadoria, mostra que as pessoas mais velhas são muito mais felizes do que imagina o senso comum – incluindo o que os próprios entrevistados imaginavam quando eram mais jovens. Ler mais em: https://forbes.com.br/forbessaude/2022/07/idosos-sao-mais-felizes-que-adultos-na-meia-idade-mostra-estudo/
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________Bom Proveito na leitura desta matéria e tenham um ótimo final de semana! ________
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