Professora da UFS é finalista de prêmio nacional de formação docente
Doris Matos, do DLES/UFS, foi selecionada como finalista da 15ª edição do Prêmio Professor Rubens Murillo Marques
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) acaba de conquistar um destaque nacional. A professora Doris Cristina Vicente da Silva Matos, do Departamento de Letras Estrangeiras (DLES/UFS), foi selecionada como finalista da 15ª edição do Prêmio Professor Rubens Murillo Marques, promovido pela Fundação Carlos Chagas. A premiação reconhece experiências inovadoras na formação de futuros professores da educação básica e é considerada uma das mais importantes do país na área.
O resultado final será anunciado no dia 8 de setembro. As três experiências vencedoras receberão R$ 30 mil, diploma e troféu, além da publicação do trabalho na série “Textos FCC”, que amplia a difusão de práticas formativas inspiradoras em todo o Brasil.
Para a professora Doris, chegar à final já é motivo de celebração: “Estar entre os finalistas é uma grande honra e motivo de alegria. Essa conquista foi construída no âmbito do Pibid Interdisciplinar (2022–2024), em parceria com estudantes de Letras e Geografia, em escolas públicas de territórios marcados por vulnerabilidades sociais. Esse reconhecimento celebra o compromisso institucional da universidade com uma formação docente crítica, ética e comprometida com a transformação social”, afirma.
O projeto coordenado por ela se destacou pela interdisciplinaridade e pela forte conexão entre universidade, escola e comunidade. As práticas pedagógicas foram fundamentadas em referenciais como a Linguística Aplicada suleada, os estudos decoloniais e a geografia humanista, criando espaços de aprendizagem que dialogam diretamente com a realidade dos estudantes.
“As oficinas trouxeram para a sala de aula temas urgentes da sociedade, como o enfrentamento do racismo estrutural, questões de gênero e sexualidade, narrativas periféricas, desafios ambientais da Amazônia e identidades latino-americanas. Esse processo consolidou uma prática pedagógica territorializada, inclusiva e transformadora”, explica.
Mais do que um projeto acadêmico, a experiência tem sido um laboratório de formação para os licenciandos envolvidos. Ao unir teoria e prática em contextos reais, os estudantes aprenderam a enxergar a escola como um espaço vivo de transformação.
“Eles foram desafiados a ir além dos modelos tradicionais, reconhecendo os saberes das comunidades como centrais no processo educativo. Essa vivência ampliou seu repertório crítico e metodológico e fortaleceu a compreensão da docência como prática de inclusão, equidade e justiça social”, conclui a professora.
Ascom UFS
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