Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista

Em um recente estudo (2021/2022) da OXFAM – a sigla vem de Oxford Committe for Famine Relief  (Comitê de Oxford para Alívio da Fome), esta organização critica o privilégio de empréstimos, em detrimento de doações, e maquiagens dos valores repassados que, muitas vezes, só têm efeitos marginais nas questões climáticas. É uma organização internacional, mas, no Brasil, apresenta-se como sendo uma organização da sociedade civil brasileira, sem fins lucrativos e independente, criada em 2014. Sua missão é contribuir para a construção de um Brasil justo, sustentável e solidário, que elimine as causas da pobreza e da desigualdade. A empresa trabalha com parceiros e aliados, como parte de um movimento nacional e global pela transformação social. Mais informações sobre a OXFAM no site 1, ao final desta matéria.(1)

A intenção nossa, neste início da matéria de hoje, é a de mostrar que há organizações não-governamentais (Ong´s), que atuam em diversas áreas temáticas, de forma independente, mas aliada aos princípios dos direitos humanos defendidos e praticados pela ONU. Assim, Justiça Rural e Desenvolvimento, Justiça Social e Econômica, Justiça Racial e de Gênero, e Justiça Climática e Amazônia, entre outros temas envolvendo a discriminação contra minorias, são alguns eixos de pesquisa e de ação as Ongs internacionais, tal como faz a OXFAM, que, com respeito ao nosso tema de hoje, critica os países ricos, por estarem minando o trabalho de ajudar os países pobres e vulneráveis a se protegerem dos impactos das mudanças climáticas.

Em 2021, a ONU atualizou os dados, em relatório, sobre a ajuda dos países ricos para os países pobres, para o enfrentamento destes ao problema das mudanças negativas do clima em todo o mundo. O valor liberado naquele ano foi de, apenas, US$ 21 bilhões, quando se esperava em torno de US$ 100 bilhões. Na conclusão desse relatório divulgado, universalmente, a ONU afirmou que a redução da ajuda financeira para os países pobres enfrentarem as mudanças climáticas, foi em torno de15% do valor que vinha sendo praticado. E que os ricos precisariam liberar, pelo menos, 10 vezes este valor (10 x US$ 21 bilhões), a fim de que os pobres pudessem ter as mínimas condições para se adaptarem ao grave problema.

Uma das maiores reduções adveio do governo americano que, em 2021, cortou 47% do valor enviado para países mais pobres lidarem com mudanças climáticas. Em uma ação de Biden, vista pelo povo americano como positiva, ao liberar US$ 2 bilhões, em 2022, e que seriam direcionados para questões do clima, sugeria, hipoteticamente, que Biden tem o clima como prioridade. Mas o foco foi outro: esse valor foi um investimento para lidar com questões domésticas. A ONU repete, contundentemente, nos fóruns mundiais, a crítica sobre os desvios de compromissos assinados pelos países abastados, com essa forma de descaso ao programa de Controle contra as severas mudanças climáticas. Compara o fato com os desvios escusos nos programas de combate à fome.

A ONU destaca, também, que lamenta o fato de que os povos estejam completamente despreparados para as consequências do aquecimento global,(2) já concretamente evidenciadas. Mas, lamentavelmente, a maioria desse mundo não pertence ao universo dos países ricos. Sabemos que as maquiagens nas diversas  promessas destes países, até mesmo para mitigar o estrago que as destrutivas mudanças climáticas possam causar ao seu povo, provam a cômoda indiferença dos ricos, que têm suporte econômico-financeiro bastante, para abrandar os desastres climáticos, adotando fortunas para a defesa contra os males e em favor da tranquila sobrevivência dos seus próprios povos.

Em tempos de amargos estragos causados pelas guerras, é fácil provar como a paz só é possível, quando a solidariedade, junto a tolerância, e o respeito às diferenças estão em ascensão. E o que ocorre é exatamente o contrário: o individualismo pragmático, a ambição e a ganância, em vez da justa distribuição de renda e da terra, somente diminuem o caráter e a personalidade do atual “meio-mundo perdido.”

Atenção para a Próxima Cúpula do Clima, a COP28, que ocorrerá em Dubai em novembro deste ano.

 

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FAUSTINO, Rafael. Países ricos estão prejudicando financiamento climático aos mais pobres. Disponível em:
https://umsoplaneta.globo.com/financas/noticia/2023/06/05/paises-ricos-estao-prejudicando-financiamento-climatico-aos-
mais-pobres-aponta-oxfam.ghtml  Acessado por: eduardoubirajara@gmail.com em: 21 set. 2023.
JORNAL HOJE. Países ricos reduziram a ajuda financeira para os países pobres enfrentarem as mudanças climáticas, aponta relatório da ONU. Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2023/11/02/paises-ricos-reduziram-a-ajuda-financeira-para-os-paises-pobres-enfrentarem-as-mudancas-climaticas-aponta-relatorio-da-onu.ghtml. Acessado por: eduardoubirajarabatista@gmail.com em: 02 nov. 2023.
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