Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista
Na matéria da última sexta-feira, 11 deste novembro, lembramos a definição de Metodologias Ativas (MA´S), a partir do conceito da Revista Nova Escola (08/09/2021). Reproduzimos, neste espaço, a definição que adotamos, com alguns complementos nossos: Assim, MA´s são estratégias didáticas que colocam o estudante no centro do processo de aprendizagem dele. Elas ganharam mais importância a partir da experiência com o ensino remoto e semipresencial. Isto significa que os professores e especialistas apontam caminhos para explorar as múltiplas possibilidades do cotidiano escolar. Dos 13 tipos de MA´s anunciados na sexta-feira 4 deste mês, dois foram explicados, em termos de suas aplicabilidades, na sexta-feira 11, passada: gamificação e sala de aula invertida. Nesta sexta 13, citaremos os perfis dos seguintes tipos de MPA´s: design thinking e cultura maker.
O que é design thinking (DT)? Traduzindo do inglês, ao pé da letra, significa pensamento de design. Para melhor entendimento da junção duas palavras inglesas, chamamos de pensando o projeto. Trata-se de uma estratégia antropocêntrica inovadora, que usa ferramentas dos designers, visando à integração e as necessidades das pessoas, tendo em vista o acesso adequado da tecnologia ao sucesso nos negócios. E isso vale para a Educação.
São três as características do TD: a) foco centrado em todas as pessoas que fazem parte da comunidade escolar. Nos modos empático e motivador de cada indivíduo é possível buscar soluções para problemas comuns a esses co-agentes da escola; b) colaboração – trabalhar em equipe, possibilitando o surgimento de idéias e sugestões, que enriqueçam as soluções apresentadas para os problemas. Cada agente escolar sente-se independente e com um espírito critico e de autocrítica; c) experimentação – é um requisito importante ter consciência de que aprender com erros é processo do saber compartilhado, cooperativo.
Para melhor orientação sobre os passos para implantação do DT na escola, indicamos uma leitura sobre: descoberta – identificação do problema – usando a empatia para saber como as pessoas da escola entendem o problema selecionado em um dado momento; interpretação e análise dos dados coletados; geração de muitas e variadas idéias – a partir da colaboração de todas as pessoas envolvidas na escola; testes experimentais – para validar, entre hipóteses solucionadoras, a mais viável; passo final comprovador da melhor solução para o problema – que propicie o desenvolvimento de novos projetos mais consistentes e convincentes. Aplicar o TD na escola envolve: experimentar, avaliar, criar, recriar, apresentar soluções e compartilhar. Ver mais no blog orientador: #WeOnlyEdifyTogether
O que é cultura maker? A palavra inglesa maker tanto pode significar “criador”, como “fabricante”, geralmente ligadas à inovação nos negócios. Relacionada à Educação, a cultura maker (CM) propõe uma mudança de postura passiva dos alunos, para aprenderem com maior autonomia, desenvolvimento, criatividade. Isto significa “faça você mesmo”, ou “você é capaz de desenvolver seu próprio projeto de conhecer, de analisar, de apontar soluções.”
Enquanto MA, a CM é uma estratégia parecida com o TD. A diferença é que se propõe a manter um nível de desenvolvimento do conhecimento mais crescente, através da busca de soluções para diversos problemas atuais e vindouros. Trata-se de pensar à frente do que já se faz normalmente em uma postura passiva. Devem-se prever as conseqüências das soluções, criações atuais. A tecnologia digital é um importante recurso, um meio eficaz e eficiente para descobertas de novas soluções. Os diversos aplicativos, absorvidos e utilizados por pessoas comuns, e as mensagens instantâneas, que antecipam soluções para possíveis problemas futuros, mostram a grande vantagem da CM. Por ela, qualquer aluno pode desenvolver posturas criadoras, que facilitam a vida dele e das pessoas que se valem da criação inovadora dele. Assim, a aplicação da CM objetiva capacitar alunos para uma livre cidadania e uma independência profissional, constituindo-se autônomos amplamente desenvolvidos. Cabe à escola promover, sempre, melhorias na implantação desse modelo de aprendizagem, aumentando, inclusive, o empoderamento do aluno, durante todo o processo de aprendizagem.
Bom proveito!
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