Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista

Na matéria da sexta-feira passada, fizemos uma introdução ao estudo das metodologias ativas (MA´s),­ como um processo de aprendizagem pelos alunos da educação formal, básica até os cursos superiores. Lá no preâmbulo, destacamos três partes de maior interesse nosso, visto que essas metodologias promovem uma relação teoria x prática, co-participativa, semelhante às experiências, entre 1962 e 2020, deste professor com alguns ensaios de promoção do aluno, como sendo, este, capaz de se tornar agente, e não um paciente, da construção e da compreensão dos saberes pertinentes ao curso.

 

É importante lembrar que, entre 1962 e 1976, os professores estavam migrando as suas orientações didáticas para o alunado, de três formas: a) didática com bases nas correntes filosóficas da educação; pedagogia dialética; pedagogia histórica e crítica. A aplicação de qualquer teoria filosófica, na educação formal, é chamada de prática educativa tendo em vista o desenvolvimento social, político, econômico, tecnológico e cultural. E as principais novidades na prática docente eram o behaviorismo e o construtivismo.

 

As práticas educativas atuais acompanham a evolução da tecnologia da informação, associada à nova digitalização, propiciando mudanças no modo como as pessoas se comunicam, trabalham e estudam. Desta forma, o processo ensino-aprendizagem adotou novas práticas e novas formas de abordagem conceitual e metodológica. No caso das metodologias ativas de aprendizagem, o resultado mais importante está no fato de que elas (MA´s) removem os obstáculos presentes nas práticas passivas, cuja interação com todos os protagonistas do ambiente escolar era precária ou desagregadora.

 

Já as metodologias ativas são motivadoras para uma socialização dos saberes constantes entre os alunos, em particular nas análises discussivas sobre os assuntos das aulas e dos programas das disciplinas, estimulando a autonomia e a consolidação da interdependência dialógica do alunado. O resultado do indispensável relacionamento co-participativo, sintonizado com o pessoal administrativo e docente, potencializa a qualidade do ensino e da aprendizagem, aumentando a freqüência e a performance nas auto-avaliações e nas avaliações dadas aos alunos pela escola. E a escola ganha, também, positiva visibilidade e prestígio na sociedade.

 

Ainda, no caso dos alunos, ao sentirem que são protagonistas de própria administração dos saberes programados, mostram satisfação por essa técnica pedagógica, que promove o engajamento de todos os atores da escola, inclusive com a comunidade externa, contribuindo para a efetividade do conhecimento construído. As MA´s de aprendizagem são, portanto, uma técnica pedagógica que se baseia em atividades instrucionais, capazes de engajar, de forma ativa, os alunos. Ou seja, são metodologias menos baseadas na transmissão de informações e mais no desenvolvimento de habilidades deles.

 

Os tipos de MA´s são: gamificação, design thinking, cultura maker, aprendizado por problema, aprendizado por projetos, estudos de caso, pesquisas de campo, seminários com discussões, storytelling, sala de aula invertida, aprendizado entre pares e times, ensino híbrido; e rotação por estações. Explicaremos cada tipo na próxima sexta-feira.

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