Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista

Após quatro artigos informativos sobre Teoria da Administração e Gestão Escolar, entramos, agora, em uma nova série – sobre Gestão da Aprendizagem, com foco nas metodologias ativas, onde um leque de treze tipos de metodologias será exposto. A cada tipo, caberá a característica e um breve comentário pertinente. Entretanto, nesta primeira matéria desta série, teremos a origem dessas metodologias e as devidas considerações. Antes, porém, com base na história de vida nossa, à guisa de justificativa desta introdução, um breve relato de nossas experiências didáticas co-participativas. Nossos ensaios, sem que houvesse qualquer relação teórica com as metodologias ativas atuais, serviram de modelos embriões, devidamente incrementados, em sala de aula. As experiências ocorreram, quando lecionávamos Português nos colégios Getúlio Vargas, Stella Maris, Colégio Estadual Róger e Colégio Estadual Liceu – todos em João Pessoa, entre 1962 e 1970.

 

Antes de lecionar, oficialmente, trabalhei na Panair do Brasil, antiga companhia de aviação, desde 13 anos, como office-boy. Devido à formação familiar e religiosa, que tive desde a infância, habituei-me a relacionar-me muito bem com todas as pessoas com as quais convivíamos, além de fontes significativas para meu crescimento ético e cultural. Esse crescimento intelectual foi de vital importância para eu aprender que um professor não é, apenas um transmissor de conteúdos para um alunado passivo que, no melhor das hipóteses, era uma plateia afável. Por outro lado, aprendendo a ser líder, logo adolescente, de grupos eucarísticos e, depois, de Congregação Mariana, do Círculo Operário Cristão e de grêmios estudantis (UEEP e AESP), na Paraíba, senti a necessidade de olhar meu alunado, como a mim mesmo, quando era aluno desde o antigo primário.

 

Desta forma, as minhas primeiras experiências docentes, passaram por estratégias de ensino cooperativo (aluno, professor e comunidade), influenciado pelas pedagogias gerativas de Paulo Freire (técnica ensino) e de Noel Chomsky (gramática gerativa) – não contíguas, mas interdependentes, quanto à construção e à atualização de gramáticas, por parte do aluno em sua comunidade, comparando-se com o livro, um instrumento de pesquisa indispensável. vale lembrar, ainda, tive a primeira experiencia como professor, aos 13 anos, aconteceu com jovens adolescentes sem ônus financeiro, eram meninos pobres da Cruzada Eucarística da Matriz de Na. Sa. do Rosário, bairro Jaguaribe, periferia de João Pessoa. Eles tentavam aprovação no exame de seleção para o Ginásio. O livro básico, porém, completo, era o de Aída Costa, Admissão ao ginásio.

 

Somente após ter sido aprovado no vestibular da UFPb, para o curso de Letras (Neolatinas), é que fui convidado a lecionar em dois colégios privados. Lá, eu tive a liberdade de adotar minhas experiências didáticas com alunos do ginásio, científico e técnico de Contabilidade. Essas experiências constavam de: uma semana com rodas de conversa, tentando-se a absorção compreensiva do conteúdo e do objetivo de cada disciplina, e sobre a importância da aplicabilidade dos assuntos levantados nas rodas de conversa. Com os traços das ideias sobre os assuntos do programa de cada disciplina, os alunos iam descobrindo o significado e a importância dos temas e orientações que passávamos como pistas norteadoras.

 

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