Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista
A convite da presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Sergipe (ADUFS), professora Josefa Lisboa, a ASAPE-SE se fez presente na Assembleia dos técnico-administrativos, professores e alunos, realizada na quarta-feira, 13 deste mês de março, no Espaço Democrático do Campus da UFS, São Cristóvão. Nosso associado, professor Eduardo Ubirajara, representou-nos, por delegação do presidente da ASAP-SE, o técnico-administrativo aposentado da UFS, Arivaldo Prata Neto.
O eixo central do encontro versou sobre A consulta pública às entidades representativas da comunidade da UFS para a escolha de reitor e vice-reitor. O objetivo principal foi esclarecer a comunidade da UFS, a respeito da diferença da consulta democrática proposta pelas entidades representativas, para a consulta instituída pelo reitor atual, através da Resolução 044/2024, destacando-se questões de interesse da comunidade de alunos, técnico-administrativos e docentes.
Como eixos intermediários, questionou-se sobre: a) exclusão do voto paritário (alterando o peso, percentuais de direitos iguais, na apuração dos votos dos três segmentos da UFS). Para as entidades presentes – ADUFS, SINTUFS, Diretórios Acadêmicos da UFS e a ASAP-SE, o voto é democrático (direto, universal e paritário), seguindo os princípios consensuados por uma Comissão Eleitoral formada por representantes, eleitos em suas bases acadêmico-administrativas; b) excluir o(a) aposentado(a) da relação de eleitores(as), o que é um absurdo, se levarmos em conta a história de serviços prestados por esses mestres, contribuindo para a o desenvolvimento científico em nosso Estado e para a formação destacada dos alunos e ex-alunos, como profissionais competentes e renomados na sociedade de Sergipe, atuando, também, em outros Estados com igual distinção; (continua)
- c) a duvidosa aplicação do Sistema Integrado de Gestão de Eleições, versão UFS, não garante uma apuração confiável, não só pela questão dos pesos percentuais não paritários, o que desmotivaria os técnico-administrativos e os alunos a votarem – o modelo viesado desse SIGEleições é, qualitativa e quantitativamente, falível, tanto na votação eletrônica em domicílio -, como em uma possível votação, também eletrônica, ‘sem a presença física dos eleitores nos devidos locais de votação’ (muito questionado na Assembleia); d) a indicação final da lista tríplice dos nomes dos candidatos à reitoria, que será enviada a Brasília, através de votação de conselheiros do CONSU-UFS, que é uma afronta ao preceito básico de uma eleição democrática. Assim, a lista tríplice terá que sair da apuração dos votos dos eleitores dos três segmentos, pela via direta, sob fiscalização e apuração pela Comissão Eleitoral composta por representantes de cada entidade-segmento da UFS, eleitos em Assembleia de cada categoria, em pauta única.
Na primeira exposição de Eduardo Ubirajara, ele fez a apresentação das credencias dele, destacando sua passagem: na antiga ASUFS, como vice-presidente; na ADUFS, como presidente, nos cargos de vice-chefe e de chefe do departamento de Filosofia e História; na PROEX e no CECAC. Ele falou sobre a contextualização dos conteúdos programáticos em diversas disciplinas lecionadas na UFS, com as orientações solicitadas por alunos para a compreensão, justificável, dos movimentos de paralização de atividades administrativas e acadêmicas.
Na segunda exposição, o professor citou passagens históricas das chamadas lutas em defesa da Universidade pública, laica e de qualidade. Em um breve histórico dos movimentos dos três segmentos da UFS, para consolidação de eleições diretas para reitores, vice-reitores, diretorias de Centros Aadêmicos, incluiu-se a defesa de uma sociedade menos discriminadora e, sim, com uma justa distribuição de renda capaz de diminuir o triste fosso que separa as distintas classes socioeconômicas. Outras informações foram aditadas in off, ao final da Assembleia, para pessoas interessadas em saber mais sobre a história dos 40 anos da primeira eleição democrática para reitor e vice-reitor da UFS (1984, mesmo ano do vitorioso Movimento Nacional pelas “Diretas Já”, que sacramentou o retorno das eleições democráticas – livres, diretas – em todo Brasil). Os
destaques expostos e discutidos, durante a Assembleia, foram aprovados, resultando exitoso encontro.
Ubirajara atendeu, também, alunos que desejavam saber mais sobre a influência da Constituição [Cidadã] Federal (1988) e da LDB 9394/1996 (e atualizações mais recentes – 2023 e 2024), para a melhoria da qualidade do ensino público no país e as oportunidades para minorias discriminadas, com dificuldade de chegarem aos cursos superiores.
===========
Tenham um bom proveito na leitura deste texto!
No responses yet