Equipe do Ministério da Fazenda explica novidades na fase final do Desenrola. Foto: Kelly Fersan
Medida pretende ampliar acesso ao programa, que entra na reta final para negociação com descontos que superam 90% e parcelamento sem entrada
Desenrola Brasil agora pode ser acessado por meio do site da Serasa Limpa Nome. A integração entre as plataformas foi concluída antes do carnaval e, com isso, os usuários logados na plataforma da Serasa já conseguem ver que têm oferta do programa e ser redirecionado para o desenrola.gov.br, no qual é possível consultar dívidas e fazer os pagamentos nas condições do programa, sem necessidade de outro login.
“A Serasa é uma grande plataforma de renegociação, com um volume de acesso diário muito relevante e que servirá como mais um canal de entrada. Esperamos facilitar o acesso e ampliar ainda mais o alcance do programa nessa reta final”
Alexandre Ferreira, coordenador-geral de Economia e Legislação do Ministério da Fazenda
Os detalhes da integração e o passo a passo do acesso foram detalhados em coletiva de imprensa realizada pelo Ministério da Fazenda (MF), pela Serasa e pela Bolsa de Valores B3 (operadora do programa) nesta quinta-feira (15/3), em São Paulo. A integração foi possível a partir da Portaria nº 124 do Ministério da Fazenda, publicada no Diário Oficial da União em 29 de janeiro, que autorizou parcerias para ampliar o alcance do Desenrola.
A Serasa é responsável por mais de 6,5 milhões de consultas diárias sobre empresas e consumidores. Todos os meses, mais de 26 milhões de pessoas acessam o site e o aplicativo da Serasa. Com a parceria, a expectativa do MF é atrair para o site do Desenrola quem tem propostas disponíveis para negociação na plataforma, mas ainda não entrou no site, ou acessou, mas não negociou.
“O site do Desenrola vai funcionar como um hub [distribuidor de informação], podendo ser acessado por meio de canais parceiros. O benefício para a população já está dentro da plataforma. O desafio é fazer com que mais pessoas cheguem até ela. A Serasa é uma grande plataforma de renegociação no país, com um volume de acesso diário muito relevante e que servirá como mais um canal de entrada. Esperamos facilitar o acesso e ampliar ainda mais o alcance do programa nessa reta final, até o fim de março”, avalia Alexandre Ferreira, coordenador-geral de Economia e Legislação do Ministério da Fazenda.
Segundo o vice-presidente da Serasa, Pedro Dias Lopes, os dias em que a integração entre as plataformas funcionou de forma piloto, durante o carnaval, já deram a dimensão do potencial. “Desde a última sexta (9/2), quando começamos em modo de teste, 455 mil usuários foram redirecionados da plataforma da Serasa para a do Desenrola, sem nenhum tipo de informação ao público, nenhuma comunicação ou publicidade. Nunca foi feito um mutirão tão forte estimulando a negociação de dívidas como o Desenrola faz”, afirmou Pedro Lopes.
BRONZE – Uma outra mudança autorizada pela Portaria n° 124 foi a possibilidade de parcelamento das dívidas renegociadas no site do Desenrola para quem tem perfil bronze no GOV.BR. Antes da possibilidade de parcelamento para essas contas mais básicas, em média, 19% das negociações diárias eram feitas por pessoas que tinham esse perfil de conta no GOV.BR e só podiam pagar o valor negociado à vista. Do último dia 29/1 até o momento, em média, 40% das negociações feitas diariamente são por usuários com conta bronze (pagamentos à vista e parcelado).
DIMENSÃO – No total, 12 milhões de pessoas já foram beneficiadas pelo Desenrola, que propiciou a negociação de R$ 35 bilhões em dívidas. Os descontos médios na plataforma são de 83%, alguns casos chegando a 96%, com pagamento à vista ou parcelado sem entrada e com até 60 meses para pagar, e estão disponíveis até 31 de março para a faixa 1 do programa, que consiste nas negociações feitas por meio do site. A faixa 1 contempla pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico. Ela engloba dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, e não podem ultrapassar o valor de R$ 20 mil cada (valor original, sem os descontos do Desenrola). Além das dívidas bancárias, como cartão de crédito, também estão incluídas as contas atrasadas de outros setores, como energia, água, telefonia e comércio varejista.
Adriano Pahoor, representante da B3 e CEO da PDtec, apresentou alguns casos que chamaram atenção, como o de um morador de São José dos Campos (SP) que renegociou 13 dívidas no valor total de R$ 165 mil, conseguiu 99% de desconto e quitou tudo à vista por apenas R$ 1.651. “Todas as melhorias que vêm sendo feitas no programa tendem a facilitar o acesso para que mais pessoas consigam aproveitar as condições únicas que o Desenrola proporciona, tanto no pagamento à vista quanto no parcelado. Quem fecha o acordo agora, logo após o carnaval, pode começar a pagar só depois da Páscoa, parcelando com taxa de até 1,99%. É um benefício grande, com um prazo longo e uma taxa de juros baixíssima”.
Acesse a Apresentação – Desenrola Brasil – Novidades para a reta final do Programa (15/2/24)
HISTÓRICO – Em julho de 2023, a primeira fase do Desenrola começou com os principais bancos retirando, automaticamente, 10 milhões de registros de dívidas de até R$ 100 dos cadastros de inadimplentes. Ao mesmo tempo, tiveram início as negociações feitas diretamente pelos bancos credores (faixa 2 do programa) com pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil. Essa faixa se encerrou no fim de dezembro.
Em outubro de 2023, teve início a segunda fase do programa (faixa 1), quando as negociações também passaram a ser feitas diretamente pelo site do Desenrola. A plataforma permite a renegociação até mesmo com bancos em que a pessoa não tenha conta, podendo escolher aquele que oferecer a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.
Outra vantagem do programa para quem tem duas ou mais dívidas (mesmo que com diferentes credores) disponíveis para negociação na plataforma do Desenrola é poder juntar todos os débitos e fazer uma só renegociação, pagando à vista em um único boleto ou PIX, ou financiando a prazo o valor total no banco de preferência.
Fonte: Governo Federal
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