Saldo ficou positivo em 25 das 27 Unidades da Federação e 100% melhor que janeiro de 2023. País tem 45,6 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada

O salário médio de admissão foi de R$ 2.118 em janeiro de 2024, aumento de R$ 69,24 em comparação com dezembro de 2023. Foto: Agência Brasil

O Brasil abriu 2024 com o terceiro melhor janeiro na geração de empregos formais da série histórica iniciada em 2002. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged e Novo Caged) e foram divulgados nesta sexta, 15 de março, pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo positivo foi de 180.395 vagas com carteira assinada, resultado de 2.067.817 admissões e 1.887.422 desligamentos.

O resultado é 100% maior do que os 90 mil criados em janeiro de 2023. O saldo do mês só é inferior ao registrado em janeiro de 2021, na retomada da economia após o período mais crítico da pandemia de Covid-19, e praticamente empata com janeiro de 2010, quando houve saldo de 181,4 mil postos. O estoque, ou seja, o número total de pessoas trabalhando com carteira assinada no Brasil, chegou a 45,6 milhões.

O saldo de janeiro ficou positivo em 25 das 27 Unidades da Federação e em quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas. O maior crescimento ocorreu no setor de Serviços, com saldo de 80.587 postos (+0,4%) e destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que apresentou saldo de 47.352 empregos no mês.

O segundo setor com maior geração de empregos com carteira assinada em janeiro foi a Indústria, com 67.029 (+0,8%), seguido da Construção Civil, 49.091 (+1,8%) e da Agropecuária, que gerou 21.900 postos (+1,2%). O Comércio foi o único setor com resultado negativo em janeiro, com perda de 38.212 empregos (-0,4%).

 

Infográfico – Principais dados do Caged em janeiro de 2024

ESTADOS – Entre as Unidades da Federação, os maiores saldos ocorreram em São Paulo, com geração de 38.499 postos (+0,3%), com destaque para indústria (25.249). Em seguida, aparece Santa Catarina, que gerou 26.210 postos (+1,1%), principalmente na indústria (14.257). O Rio Grande do Sul surge em terceiro lugar, com geração de 20.810 postos (+0,8%), principalmente na agropecuária (10.700) e indústria (6.834).

Na ponta oposta, aparecem o Pará, com 111 postos criados, o Maranhão, com perda de 831 postos, e o Acre (-33 postos), únicos estados com saldo negativo em janeiro. Vale ressaltar que os 111 empregos formais criados no Pará em janeiro de 2024 representam um avanço significativo, uma vez que em janeiro de 2023 o saldo no estado ficou negativo em 1.888 postos. Apesar de ainda ter apresentado saldo negativo, o Acre também demonstrou avanço em relação a janeiro de 2023, quando registrou saldo negativo de 925 postos.

SALÁRIOS – O salário médio real de admissão foi de R$ 2.118,33 no mês, com um aumento de R$ 69,24 em comparação com o valor de dezembro de 2023 (R$ 2.049,09). Em comparação com o janeiro de 2023, o ganho real foi de R$ 17,17 (0,82%).

 

Infográfico – Comparação do saldo de empregos entre os meses de janeiro desde 2002, com dados do Caged e Novo Caged

Trabalho, Emprego e Previdência
Fonte: Secretaria de Comunicação

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