Professor Eduardo Ubirajara R. Batista
“Em um mundo cada vez mais conectado, como fugir das fake news e da desinformação? Como produzir e compartilhar mensagens com responsabilidade?” (*) São perguntas que despertam interesse, por levantar discussões e sugestões capazes de frear o volume de falsas informações tendenciosas, maliciosas e, até criminosas. Até que parece fácil resolver. A relação aumento de conectividade -x- aumento de fake news e desinformação é, em tese uma hipótese relevante, mas não tautológica. Isto porque o volume dos crimes cibernéticos acontece com as informações que produzem aumento de conhecimentos específicos, mais ligados a atividades suspeitas ou ilegais. Isso é consistente, pois, quanto mais houver gente pesquisando e mais fontes gratuitas, alimentadoras da diversidade de novos conhecimentos, facilmente disponibilizados, mais interessado se torna o celular.
Desde o início da década de 60 do século passado, que Pedagogos e bacharéis em Comunicação vêm discutindo este tema, tendo em vista a preocupação que pais e professores tinham com o poder de viscosidade do aparelho celular com as crianças e adolescentes. Não que o aparelho fosse, apenas, um instrumento concorrente da educação formal tradicional. Afinal de contas, sentir-se, sempre na hora que desejasse, mais perto dos pais, o porto seguro formal do desenvolvimento intelectual e o socorro informal nos momentos em que o assunto dado em sala de aula pelo(a) professor(a), ou mesmo do livro, não satisfizesse a compreensão programática escolar, o celular acudiria os(as) alunos(s). Isso fomentava um grau de confiança maior no celular, pelas crianças e adolescentes, de tal modo que moçada era atraída, por blocos de coleguinhas, de acordo com o assunto de interesse, relevante, ou não, para as aulas. E as fake News estavam ali.
Particularmente, nunca fui contra qualquer parafernália tecnológica em casa, na escola, no templo religioso, no clube social, nos setores comercial, bancário, industrial, na pecuária, na agricultura, nos serviços de lazer, etc. O problema aparece no mau uso da tecnologia, em qualquer atividade socioeconômica. E quando falo no mau uso, não me refiro ao prejuízo que possa ser causado ao instrumento, mas às pessoas que manipulam o instrumento (TV, celular, computador, equipamentos que facilitam a produção, a venda, o transporte – logística – a forma de pagamento, etc.). Onde não há apresentação do instrumento, a orientação, com treinamento, para o uso, a manutenção, a preservação da saúde dos colaboradores (trabalhadores) e dos usuários, não há segurança e qualidade de vida, mas, sim, desvios na saúde individual, pública e patrimonial da empresa.
No caso específico da aprendizagem escolar, não é de esperar um bom índice de aproveitamento na aprendizagem (acima da expectativa de 50%), se as informações que passamos até aqui, desde a introdução, além do que passaremos a reforçar, a seguir, não forem ponderadas, antes de matricular os(as) aluno(as), antes de se fazer um elucidário do que é a missão, a visão e os valores da escola – vale para todas as pessoas que trabalham, administram a escola, para os pais e para os(as) alunos(as). Nas reuniões periódicas, de preferência que sejam mensais, todas essas pessoas precisam estar presentes.
No caso dos(as) orientadores(as), é importante que haja um espaço para que estes profissionais façam exposições sobre as mudanças de perfis nas relações interpessoais na escola e o aproveitamento (avaliação atualizada) da qualidade da aprendizagem, destacando alguns indicadores positivos ou negativos, comparativamente entre os meses anteriores e o que se espera para registrar na próxima reunião – sucessivamente. A questão das relações das crianças e dos(as) adolescentes com as demais pessoas, incluindo-se com outros(as) adolescentes e crianças, deve ser conhecida pelos pais e mães.
Nas reuniões, os(as) alunos(as) podem se fazer representar por colegas (dois de cada sexo – masculino e feminino, e com idades diferentes), estes anotariam o que lhes interessaram na reunião, o que sugeriram para a melhorar a satisfação deles(as) e dos(as) colegas. Cada um dos quatro deverá receber cópia da ata da reunião, a fim de ler e discutir com todos(as) da classe, sob a atenção – assessoramento – de uma orientadora da escola. Para a próxima reunião deverá valer a eleição da próxima orientadora e dos quatro novos representantes (alunos/as), democraticamente.
Então, nas reuniões periódicas de avaliação e desempenho dos(as) alunos(as), dos corpos docente e administrativo da escola, sem as presenças de pais ou mães e sem representantes dos(as) alunos(as), a dificuldade de ver os discípulos crescendo, em termos de qualidade da aprendizagem dos conteúdos das disciplinas, e o ensino da escola, pode não melhorar seu nível. Crianças e adolescentes da atualidade devem ser estimulados a construir o próprio saber, ou seja, a sentirem a liberdade de questionar, de cooperar entre colegas, porque juntos, sob boas orientações, produzirão, melhor, os saberes programados para as séries pertinentes, avançando, prazerosamente para graus mais elevados. E tudo isso deve ocorrer longe dos boatos, das desinformações, das fake news. O bom e correto cidadão não usa esses expedientes.
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REFERÊNCIA PRINCIPAL
(*) Caldas, Ana Lúcia (Repórter da Rádio Nacional). Educação Midiática é caminho contra desinformação e fake news. Disponível em:
https://www.google.com/search?q=A+COMUNICA%C3%87%C3%83O+MIDI%C3%81TICA+E+OS+FAKE-NEWS&rlz=1C1FCXM_pt-PTBR1073BR1073&oq=A+COMUNICA%C3%87%C3%83O+MIDI%C3%81TICA +E+OS+FAKENEWS+&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOTIHCAEQIRigAdIBCTU4MTU2ajBqN6gCCLACAQ&sourceid=chrome&ie=UTF-8 Brasília, 27 mar. 2023. Acessado por: eduardoubirajarabatista@gmail.com em: 15 set. 2024.
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BOM PROVEITO! FELIZ FINAL DE SEMANA! ASAP, 25 de outubro de 2024.
Pof. Edubira
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