Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista

Nas matérias das sextas-feiras 11, 18 e 25 de outubro findo, explicamos, de forma resumida, mas concisa, 6 dos 13 tipos de Metodologias Ativas (MA´s), propostas para esta série de gestão da aprendizagem. Eles foram: gamificação, sala de aula invertida, design thinking, cultura maker, aprendizado por problemas e aprendizado por projetos. Os tipos, a serem discorridos hoje, serão: estudo de caso, pesquisa de campo e seminários com discussões.

Antes de iniciarmos o desenvolvimento explicativo desses três novos de tipos, lembramos que, entre os princípios norteadores das Metodologias Ativas (MA´s), destacam-se: a problematização da realidade, o trabalho cooperativo em equipe, e o professor assumindo o papel de mediador ou de facilitador do processo ensino-aprendizagem. Portanto, pelas MA’s, o aluno é inserido como agente principal responsável e comprometido com a própria aprendizagem. Vejamos os 3 tipos anunciados no primeiro parágrafo.

Estudo de Caso – Por este tipo de MA, os alunos têm a oportunidade de estruturar e direcionar a própria aprendizagem, enquanto buscam seus conhecimentos em situações relativamente complexas. Geralmente, são relatos de situações do mundo real a que pertencem, ou apresentadas a eles, com a finalidade de orientá-los, preparando-os para a busca de soluções de problemas, que são reais. Desta forma, o Estudo de Caso pode ser compreendido, como uma busca, um tanto exaustiva, profunda, de explicações ou soluções para um determinado problema de sua pesquisa. Logo, o objetivo é verificar a aplicação prática de métodos científicos, incluindo consultas de referências baseadas numa revisão de literatura pertinente, para melhor conhecimento sobre o fenômeno ou problema estudado em um universo ou em uma amostra bem delimitados.

Pesquisa de Campo – O aluno, ou um grupo de alunos, sob orientação prévia do professor, pode visitar lugares (campos), os mais diferentes, na própria escola ou fora dela, fará fazer uma sondagem de conhecimento ou de reconhecimento de fatos, fenômenos ou problemas de seu interesse. Uma visita a um zoológico, a uma fábrica, a uma biblioteca, são alguns dos campos, onde há curiosidade a ser estudada – identificada, analisada, avaliada – ou para levantar sugestões que sirvam para o objetivo proposto, principalmente para uma apresentação de explicações ou soluções. A exemplo do estudo de caso, é deveras importante ter um levantamento prévio de estudos já feitos, que sirvam de referencial teórico, referências em livros ou em artigos científicos sobre pesquisas do assunto que é de interesse do aluno ou do grupo de alunos – sugeridas ou não pelo professor.

Vale a observação de que os 2 tipos citados, até aqui, são muito úteis a outros tipos de pesquisa, em particular para as experimentais (laboratoriais) nas ciências da natureza, humanas e sociais.

Análise e Discussões – Trata-se de uma estratégia simples, mas que eleva o espírito crítico e o poder de argumentação lógica ou de bom senso, a partir de um tema de preferência que seja um pouco polêmico, gerador de discussões bem coordenadas. O tema e o coordenador de cada seminário podem ser eleitos pelos colegas do grupo. É importante que, a cada tema para análise, um novo aluno habilite-se a cooperar no encaminhamento das discussões, aprendendo a lidar com opiniões diversas, mas de forma organizada. Qualquer assunto vale, enquanto adaptação dessa estratégia no grupo. Com o tempo, os temas programáticos do curso vão-se apresentando, dado o interesse assimilado pelo grupo. As cadeiras podem estar dispostas em um círculo, a fim de que, todos se envolvam mais cordialmente. Para o seminário das análises e discussões, a seleção dos assuntos e dos dias é feita pelo grupo. Um ou mais professores pode(m) ser convidado(s) a assistir(em) e, se o grupo pedir alguma opinião dele(s), para a melhoria da estratégia, a participação será bem vinda.

Bom proveito!

Curta. compartilhe e comente!