Ulisses Freitas competirá no paraciclismo e Ailton Souza e Evanio Silva no halterofilismo

 

Entre os eventos importantes para este ano, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris 2024 se destacam. E a Universidade Federal de Sergipe (UFS) estará presente nas paralimpíadas, por meio de três alunos convocados para disputar as competições.

O estudante de Medicina do Campus de Lagarto, Ulisses Freitas, competirá no paraciclismo (classe H4) em duas provas: uma de contrarrelógio, na qual cada atleta larga a cada minuto e tem que fazer o menor tempo; e outra de resistência, na qual largam todos juntos e ganha quem chegar na frente. Já os alunos Ailton Souza e Evanio Silva disputarão no halterofilismo.

Ulisses Freitas voltou a ser um atleta profissional em 2020, durante a pandemia. Em 2021, ele participou da Copa Brasil de Paraciclismo em João Pessoa/PB e continuou com a dedicação, tendo que conciliar o mundo esportivo com o acadêmico.

“Continuei me dedicando, acordando na madrugada para treinar e depois estudar, e sem vida social. É algo duro e muitas vezes me perguntava o porquê, já que me privava de muitas coisas e tinha que conviver com as dores no corpo devido aos treinos intensos. Mas hoje sou tricampeão brasileiro de paraciclismo e o ciclo paralímpico é isso: constância para estar no lugar mais alto do pódio, sempre pronto para representar bem o Brasil”.

Faltando pouco mais de um mês para a competição, a convocação ainda parece um sonho para o atleta. “É algo indescritível e estou muito feliz. Sabe aquela felicidade que procuramos durante a vida? Estou sentindo isso, parece um sonho. A UFS é uma incentivadora, sempre recebi apoio de todos que compõem a instituição e sinto-me orgulhoso em representar todos aqui. Irei dar o meu melhor, como sempre, mostrando a todos que somos capazes, basta querer lutar pelos sonhos. Fácil não é, mas não se pode desistir”.

Ulisses Freitas é aluno do curso de Medicina do Campus de Lagarto da UFS. (foto: Arquivo pessoal)
Ulisses Freitas é aluno do curso de Medicina do Campus de Lagarto da UFS. (foto: Arquivo pessoal)

O atleta de halterofilismo Evanio Silva competirá na categoria de até 88kg. “A sensação é sempre das melhores porque é sempre bom representar nosso país. Esse ciclo de quatro anos é sempre muito apreensivo, em cada competição quero sempre estar entre os melhores para, no final do ciclo, garantir a vaga. Então, a expectativa é da melhor para chegar lá no dia, competir bem e ter um bom resultado”.

Evanio Silva faz parte do projeto de extensão "Halterofilismo paraolímpico" da UFS. (foto: Arquivo pessoal)
Evanio Silva faz parte do projeto de extensão “Halterofilismo paraolímpico” da UFS. (foto: Arquivo pessoal)

Ailton e Evanio fazem parte do projeto de extensão “Halterofilismo paraolímpico”, coordenado pelo professor do Departamento de Educação Física (DEF/UFS), Felipe Aidar. O docente explica que a convocação dos estudantes é consequência do trabalho desempenhando, unindo teoria e prática.

Atleta Evanio Silva foi convocado para o halterofilismo até 88kg. (foto: Arquivo pessoal)
Atleta Evanio Silva foi convocado para o halterofilismo até 88kg. (foto: Arquivo pessoal)

“A UFS é a única universidade do Brasil com dois atletas de um projeto de extensão convocados para uma Paralimpíada. Não foi a primeira convocação da UFS, então temos a teoria e a prática de mãos dadas e com excelentes resultados”, afirma o professor Felipe.

Incentivo universitário

Ao longo dos anos, a Universidade Federal de Sergipe vem incentivando e investindo na prática esportiva dentro da instituição. Como investimento na participação, a instituição oferta o Auxílio Esporte e a Coordenação de Promoções Culturais e Esportivas (Copre/UFS) promove atividades complementares à formação acadêmica dos discentes.

Para o reitor da UFS, Valter Santana, o incentivo ao esporte é uma ferramenta para promover o bem-estar. “A universidade tem investido no estímulo à prática esportiva como uma ferramenta coadjuvante a melhorias acadêmicas, na busca da melhor qualidade de vida para os nossos alunos. Isso favorece também uma ambiência qualificada e propícia ao aprendizado e à inovação”.

Valter Santana é o reitor da UFS. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Valter Santana é o reitor da UFS. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

“Uma visão inclusiva estimula a prática esportiva quando, fruto de uma ação coordenada e organizada, leva a resultados importantes no cenário das competições e no que diz respeito ao desenvolvimento nossos alunos e ganhos acadêmicos. Isso culmina com atletas da nossa universidade sendo convocados para participar da maior competição esportiva do mundo, especialmente atletas paralímpicos. Então, é uma alegria muito grande ver esse esse resultado e espero que a universidade possa ampliar cada vez mais a participação no desporto, promovendo uma melhoria na formação e um ambiente qualificado para toda a nossa comunidade universitária”, diz o reitor.

O coordenador de Promoções Culturais e Esportivas da UFS, Randy Nascimento, ressalta que esse é mais um marco para a universidade. “Essa é a segunda participação em Jogos Olímpicos para nossos atletas do halterofilismo e estreamos no paraciclismo. Isso é um marco espetacular para eles, que são os principais atores, para a instituição, o estado de Sergipe e o Brasil, e para quem acredita em produzir e criar independente das condições ideais. É também uma grande oportunidade de mostrar o diálogo constante da UFS com todas as vertentes da sociedade brasileira”.

Randy Nascimento é coordenador de Promoções Culturais e Esportivas da UFS. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)
Randy Nascimento é coordenador de Promoções Culturais e Esportivas da UFS. (foto: Adilson Andrade/Ascom UFS)

Paralimpíadas

Os Jogos Paralímpicos Paris 2024 acontecerão de 28 de agosto a 08 de setembro, reunindo mais de 4.400 atletas do mundo. Serão realizadas competições de 22 tipos de esportes, com participação de 185 Comitês Paralímpicos Nacionais.

Na história dos Jogos Paralímpicos, o Brasil já conquistou 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze. Na última edição, Tóquio 2020, o país fez a melhor campanha com 72 medalhas no total, com 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.

Letícia Nery – Ascom UFS

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