O que Trump e Netanyahu estão articulando? (II)
Professor Eduardo Ubirajara R. Batista
Na matéria da semana passada, sob este mesmo tema titulado acima, passamos trechos de textos, veiculados pela France Press, reforçados pela grande imprensa internacional e compilados por este escriba, acerca de casos criminais cometidos por Benjamin Netanyahu, premiê israelense nos períodos 1996-1999 e 2009-2021. Ele tem-se negado a comparecer nos julgamentos dos inquéritos policiais, previstos desde 2020. Grande parte da mídia escrita e televisiva tem argumentado que as “guerras” [sic!] criadas por Netanyahu, contra os palestinos de Gaza, os libaneses e os iranianos, têm servido de justificativa dele, junto ao judiciário israelense, para não comparecer às instâncias jurídicas competentes, quando ele poderia ser punido por diversas infrações administrativas, incluindo-se casos de corrupção.
Agora, um novo ator entrou no conflito Israel x Irã: Trump, o atual presidente dos Estados Unidos, que, além de ameaçar explodir os locais subterrâneos, onde o Irã enriquece o urânio, para fins ainda não explicitados, disponibilizou um porta-aviões – o maior do mundo – com caças F16, F22 e F35, para reforçar o poderio militar americano e atacar o território iraniano, com a intenção de destruir as reservas de beneficiamento de urânio, conforme a Agência de Notícias Reuters. Trump, comportando-se como “Senhor do mundo”, correu para a imprensa internacional, a fim de informar que o espaço aéreo do Irã já se encontra sob o total controle [dele].
Assim, na terça-feira 24 de junho, um bombardeio que atingiria, de novo, o Irã, estava suspenso – isso, por enquanto, uma vez que os representantes de diversas nações, na ONU, resolveram esperar por uma nova rodada de negociação entre os países em conflito e mediação de Trump – até que sérias informações venham ser anunciadas. Pergunta-se, então: Até que ponto “Trump dá asas à obsessão de Netanyahu [oportunista] de derrubar o regime dos ‘aiatolás’, no Irã, e bagunçar o tabuleiro político do Oriente Médio.” [?] (A citação direta é sem a interrogação e encontra-se no rodapé da capa da revista Carta Capital número 1.387, de quarta-feira 25 deste junho/2025). E não é novidade o fato de que sugestões favoráveis a uma paz duradoura, bem como a melhoria de condições de vida humana, no mundo, não decolam, ultimamente, sem a palavra final dos EUA – o que caracteriza o estado de submissão da ONU, das nações, aos dirigentes norte-americanos.
Antes de deixarmos o parágrafo anterior, vale o seguinte registro: “O presidente Trump cobrou, na quarta-feira (25) desta semana, que o julgamento por corrupção do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que se arrasta no Tribunal Distrital de Jerusalém desde maio de 2020, seja cancelado ou que o premiê seja perdoado.”(*) Deixemos, por hora, esse destaque que mostra a fraqueza das nações, em momentos de indispensáveis e de inadiáveis decisões equilibradas, para o bem de todos os povos. Vamos concluir os relatos dos inquéritos (casos) criminais, que responsabilizam Netanyahu, que iniciamos na matéria passada. E, não muito adiante, será possível se incluir, no rol das infrações do premiê israelense, mais um caso, atual, o da destruição de uma bem estruturada pátria de palestinos, a Faixa de Gaza, além de um massivo assassinato de dezenas de milhares desse povo, entre adultos e crianças, a partir da primeira quinzena de outubro, 2023. É importante observar que, aqui, não defendemos ações de terroristas, tanto de sequestradores, como de vingadores, porque ambas partes buscam justiça com as próprias mãos, ignorando a ONU e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sem leis obedecidas, o caos se instala, fácil, em qualquer lugar do mundo civilizado.
Recapitulemos, sinteticamente, o que colocamos, exaustivamente, na matéria anterior (I) a esta, no dia 17 deste mês: A Polícia de Israel recomendou, em 2 de dezembro de 2018, que acusações de suborno fossem feitas contra Netanyahu e Sara, esposa dele. Em 21 de novembro de 2019, o procurador-geral israelense Avichai Mandelblit apresentou contra Netanyahu, oficialmente, as denúncias criminais por fraude e quebra de confiança nos casos 1000 e 2000, além do caso 4000, pelos mesmos motivos, além do recebimento de suborno. Os casos 1000, 1270 e 2000 estão na matéria anterior (I). Agora, entram os casos 3000 e 4000:
Caso 3000: não envolveu diretamente Netanyahu, mas pessoas que possuíam laços profissionais e pessoais com o primeiro-ministro, em conexão com um acordo firmado entre Israel e Alemanha para compra de 3 submarinos da Classe Dolphin e 4 navios de guerra, Classe Sa’ar 6. Os 3 submarinos e as 4 corvetas foram compradas da empresa alemã ThyssenKrupp. A suspeita, neste caso, refere-se à errada manipulação do acordo, em favor da ThyssenKrup, para o ganho pessoal de várias pessoas envolvidas. O primo de Netanyahu e o advogado pessoal David Shimron, que representou a empresa alemã em Israel, são os principais arguidos na Justiça.
Caso 4000: refere-se ao relacionamento do conglomerado de telecomunicações Bezeq com o seu real regulador, o Ministério da Comunicações, na época chefiado por Netanyahu. O inquérito investigou, entre outras questões, se falsidades foram feitas com relação à documentação, que levaram a transações comerciais favoráveis para o proprietário do Bezeq, Shaul Elovitch, em troca de relatórios favoráveis de Netanyahu para a Walla!.
Observação: Maiores detalhes sobre os casos que indiciaram o premiê Benjamin Netanyahu, acessar os três links abaixo:
(*)https://valor.globo.com/mundo/noticia/2025/06/25/trump-defende-anulao-de-julgamentos-contra-netanyahu.ghtml Acesso por: eduardoubirajarabatista@gmail.com em: 25 jun. 2025.(**)https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/trump-julgamento-netanyahu-caca-as-bruxas/ Acesso por: eduardoubirajarabatista@ gmail.com (***)https://pt.wikipedia.org/wiki/Inqu%C3%A9ritos_criminais_envolvendo_Benjamin_Netanyahu#:~:text=Em%2021%20de%20novembro%20de%202019%2C%20o%20procurador%2Dgeral%20israelense,de%20suborno%20no%20caso%204000
Acesso por: eduardoubirajarabatista@gmail.com
BOM PROVEITO!
→Compilação de fontes referenciais e comentários do Professor Eduardo Ubirajara Rodrigues Batista
→Editor: Jornalista Leonardo Teles Simões (ASAP-SE)
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