Justiça de Israel retoma julgamento por corrupção contra Netanyahu; premiê [não] depõe (I)

Reportagem da France Presse de 10/12/2024, atualizada em 10/06/2025. O conteúdo é de g1.globo.com

(Veiculado pelo Google – compilado por eduardoubirajarabatista@gmail.com)

[De três casos de corrupção, entre outros processos, envolvendo Netanyahu e a esposa dele, dois deveriam ter sido julgados no dia 10 deste mês de junho de 2025] “O julgamento […] [iniciado] em maio de 2020, mas foi interrompido pela guerra em Gaza, que começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, compareceu nesta terça-feira (10) ao tribunal para depor pela primeira vez em um julgamento por corrupção, o primeiro processo criminal contra um chefe de Governo em exercício do país. Netanyahu tentou, repetidamente, adiar seu depoimento ao tribunal, onde enfrenta acusações de suborno, fraude e abuso da confiança pública em três casos distintos.”Nessa ocasião, manifestou-se Netanyahu: ‘Eu vou falar no tribunal. Não vou fugir.’ […] O premiê acrescentou que está esperando há anos “para demolir completamente as acusações absurdas e infundadas’ contra ele. […]

“Por razões de segurança, o julgamento foi transferido de Jerusalém para Tel Aviv, onde Netanyahu testemunhará em uma sala subterrânea. O primeiro-ministro, que apresentou vários pedidos de adiamento do processo devido às guerras em Gaza e no Líbano, rejeita as acusações nos três casos julgados pelo tribunal. No primeiro, Netanyahu e sua esposa Sara são acusados de aceitar mais de 260.000 dólares em artigos de luxo, como cigarros, joias e champanhe, de bilionários em troca de favores políticos.”

Para entender melhor os “Inquéritos criminais envolvendo Benjamin Netanyahu: Os inquéritos […] de uma série de investigações criminais ocorridas durante o quarto governo de Benjamin Netanyahu, quando vários escândalos de corrupção, envolvendo diretamente Netanyahu e seu círculo político íntimo, foram investigados. A Polícia de Israel, que começou a investigar o primeiro-ministro israelense a partir de dezembro de 2016, recomendou indiciamentos contra Netanyahu e, em 21 de novembro de 2019, ele foi oficialmente denunciado por quebra de confiança, aceitar subornos e fraudes. Foi a primeira vez na história de Israel que um premiê foi denunciado criminalmente durante o exercício do cargo.[1] Como resultado da denúncia criminal, Netanyahu foi legalmente obrigado a renunciar a suas pastas ministeriais, exceto a de primeiro-ministro. O julgamento de Netanyahu começar[ia] em 25 de maio de 2020.”Vejamos cada Caso:

→“Caso 1000: inquérito aberto oficialmente em dezembro de 2016, envolve presentes e brindes valiosos recebidos por Netanyahu e por sua esposa ao longo dos anos a partir de vários amigos abastados. Netanyahu foi acusado de conflito de interesses, quando, na qualidade de Ministro das Comunicações, lidou com assuntos […] aos interesses comerciais de Arnon Milchan. Ao longo de vinte anos, Netanyahu recebeu de Milchan e de seu amigo James Packer, caixas de charutos e garrafas de champanhe caras, no valor de $ 195.000, e joias para Sara Netanyahu, no valor de $ 3.100.[2][3] As acusações citam três incidentes separados em que Netanyahu auxiliou Milchan.

No primeiro, Netanyahu contatou autoridades estadunidenses a respeito do visto de Milchin para os Estados Unidos. No segundo, em 2013, Netanyahu discutiu com o ministro das Finanças a possibilidade de estender o período de uma isenção fiscal ao investimento que ajudaria Milchan. No terceiro, Netanyhu instruiu um funcionário do Ministério das Comunicações a fornecer informações a Milchin a respeito de […] fusão das empresas de telecomunicações.” [4][5][6]

→ “Caso 1270: um desdobramento do caso 4000, envolvendo uma suposta oferta de suborno a uma candidata a procuradora-geral de Israel, em troca de desistir de um inquérito contra a esposa de Netanyahu. Esse caso relacionou-se a uma suspeita de que o ex-assessor de mídia de Netanyahu teria oferecido à presidente do Tribunal Distrital, Hila Gerstel, uma nomeação para a procuradoria-geral de Israel – que encontrava-se vacante – em troca de encerrar um processo contra a esposa de Netanyahu, uma oferta que Gerstel recusou. [7] Foi comparado ao ‘caso Bar-On Hebron’, em 1997, no primeiro mandato de Netanyahu, envolvendo a nomeação de Roni Bar-On para a procuradoria-geral.”[8]

→ “Caso 2000: lida com conversas gravadas que Netanyahu teve com Arnon Mozes, presidente e editor do Yedioth Ahronoth, um dos maiores jornais em circulação em Israel. Durante essas conversas, Netanyahu e Mozes discutiram uma ação que poderia prejudicar o principal concorrente do Yedioth, o jornal Israel Hayom. Este último pertence (direta ou indiretamente) a Sheldon Adelson, um amigo pessoal e benfeitor de Netanyahu. Israel Hayom é frequente-mente criticado pela esquerda política por retratar Netanyahu de forma excessivamente positiva. Enquanto isso, Yedioth é frequentemente criticado pela direita de ser injustamente negativo em relação a Netanyahu. Netanyahu e o editor do Yedioth, Arnon “Noni” Mozes, mantiveram conversas onde foram debatidas a possibilidade de diminuir a circulação do Israel Hayom em troca da contratação de jornalistas que direcionariam o Yedioth a ser mais favorável a Netanyahu. [Ele] foi acusado de fraude e quebra de confiança […]; Mozes foi acusado de tentativa de suborno.” [3]Observações: Os casos 3000 e 4000 serão inseridos, junto com os comentários finais, na matéria da próxima semana. → Vale uma leitura de regressão histórica pela Wikipédia: Inquéritos criminis envolvendo Benjamin Netanyahu.

Tenha uma boa leitura e um ótimo final de semana!

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Compilação e breves introduções por: Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista (ASAP-SE)

Editor: Jornalista Leonardo Teles Simões (ASAP-SE)

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Notícias

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