Por Wênia Bandeira/Agência de Notícias Alese

Humilhação, xingamento, destruição de objetos, apropriação de dinheiro e bens. Essas são algumas das formas de crimes sofridos por mulheres dentro de suas casas e que tem como autor o marido ou companheiro. Neste mês é realizada a campanha ‘Agosto Lilás’, que busca proteger estas vítimas destas agressões.

O assédio pode se mostrar de diversas formas, mas muitas vezes não são reconhecidas, mesmo causando sofrimento constante às vítimas. Além da violência física, estas mulheres podem passar por abuso sexual, psicológico, patrimonial e/ou moral.

O primeiro passo é reconhecer que é uma vítima. Por isso a importância de detalhar o que cada uma destas violências causa na vida destas pessoas e todo o ciclo que pode levar a acreditar que a agressão não voltará a acontecer.

A violência sexual é, além de forçar a relação, obrigar a mulher a presenciar o ato não desejado, impedir a utilização de qualquer método contraceptivo, limitar o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.

O abuso psicológico é o ato que cause dano emocional, diminuição da autoestima, prejudicar e perturbar o pleno desenvolvimento pessoal, controlar os comportamentos, ações, crenças e decisões.

A violência física é a conduta que venha a ofender a integridade física da mulher como por exemplo bater, amarrar, chutar, causar queimaduras.

O assedio patrimonial é a retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

Já a agressão moral é caluniar (apontar a vítima como autora de crimes de forma falsa), difamar (acusar a vítima de ter causado algo falsamente) ou injuriar (atribuir qualidades negativas).

Quem se identifica como vítima de algum destes crimes tem direito à ajuda. A Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa de Sergipe (Promulase) realiza este acolhimento e auxilia estas mulheres na busca por ser direitos.  A coordenadora da Promualese, Luana Duarte, explicou que é possível fazer contato através do ‘Zap Delas’, o Disque Denúncia da Procuradoria que recebe denúncias sobre todos os tipos de violência contra a mulher. O número é (79) 98122-0901.

“Também fazemos atendimento presencial. Temos uma equipe multidisciplinar com assistente social, psicóloga e advogada. Orientamos e encaminhamos as mulheres aos órgãos competentes”, detalhou. Desta forma, as vítimas poder ter orientação jurídica, psicológica e econômica através das diversas formas oferecidas pelo Estado.

A Promualse identifica as necessidades de cada caso e encaminha para que o direito seja garantido, seja através da defensoria pública, seja através do pedido de benefício social, dentre tantas outras formas de ajuda.

A Alese se uniu nesta campanha utilizando suas redes sociais, além de matérias informativas de incentivo à denúncia no site oficial e iluminação do prédio para alertar sobre a agressão.

 

Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese

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