Professor Eduardo Ubirajara Rodrigues Batista
O conceito de eficiência está ligado à capacidade de um sistema organizacional produzir um efeito desejado de produzir mais e melhor, a fim de conseguir sucesso no empreendimento, eliminando o máximo de equívocos, erros, dispêndio de energias física e mental, tempo e dinheiro. Na Educação isso ocorre como na Economia, na Administração, nas Engenharias, em particular nos desenvolvimentos tecnológicos. Em todos os casos, a Eficiência está relacionada à operação recursos/custos, enquanto meios e os conseqüentes resultados (ações finais), almejados. A sobrevivência de um sistema educacional depende, portanto, da comprovação de que os custos geram benefícios, tanto para a empresa escolar – pública ou privada -, como para seus clientes principais – alun@s preparad@s para enfrentar o mundo sócio-cultural e o mundo do trabalho. Saber que aquilo que resulta em benefícios, nem sempre significa, apenas, custo, mas, sim, um investimento. E a quantidade e a qualidade dos recursos comprovarão os resultados bem sucedidos.
No ensino superior, o proprietário, ou mantenedor da escola é investidor, tal qual o professor e @ alun@. Assim, quem empreende, empresarialmente, espera expressivo retorno de capital financeiro ou de profissionais formados, capazes de aumentar a eficiência da “máquina-negócio” ou da melhoria da qualidade da mão de obra requerida pelo mercado e que seja, também, portadora de uma cultura geral, que inclua a solidariedade humana. Logo, lecionar bem e aprender bem é o modus operandi de uma instituição escolar. Vários são os condicionantes indispensáveis para o processamento adequado (eficácia) e para o alcance planejado, esperado, consolidado (eficiência).
Quem deseja lecionar bem e quem deseja aprender bem precisa ter preparo didático para alcançar êxito nos seus respectivos papéis. Não basta, apenas, @ educador(a) ter domínio dos conteúdos da disciplina que lecionará. Um show de simpatia, de bom humor, pode, até, alegrar uma turma, mas não significar uma condição si ne qua non, para que o aproveitamento dos conteúdos, em sala de aula, seja bem sucedido. Também não basta que @ alun@ tenha farto material de pesquisa bibliográfica para dominar conteúdos que necessita absorver nas aulas. Aprender a aprender inclui o valor da vontade – de querer saber e de saber querer. Passar em qualquer processo de seleção para admissão ao curso superior não diz muito sobre estar preparado para enfrentar, adequadamente, as aulas.
A vontade de compreender e de dominar qualquer conteúdo exposto em aula precisa ser acompanhada de orientações prévias de como servir-se bem da escola, de se conduzir, adequadamente, em sala de aula e, principalmente, quando a educação escolar atual procura promover @ alun@ a protagonista do próprio saber, um ente ativo, e não passivo, na relação ensino-aprendizagem.
Por sua vez, @ professor(a) precisa, não só, transmitir conhecimentos, de forma precisa, clara e sucinta para o desejado aproveitamento d@s alun@s. Na verdade, cabe à direção da escola promover, na primeira semana de aula, um forum de orientações, trocas de esclarecimentos, apresentação de sugestões, visando ao funcionamento eficaz. Para tanto, a coordenação que planejará o fórum precisa se constituída por representantes dos diversos segmentos da escola, incluindo-se docentes, discentes, pedagogos, técnico-administrativos, além de representantes de ex-alun@s da escola.
De um modo geral, as universidades e faculdades de ensino superior precisam estar mais atentas a esses requisitos, aqui expostos, principalmente, reconhecendo o perfil de compartilhamento interrelacional social e de domínio didático, tanto por parte do alunado como do corpo docente, promovendo aperfeiçoamentos do conhecimento sobre as metodologias ativas mais recentes e bem sucedidas. Na próxima matéria, passaremos mais detalhes sobre a busca da eficiência pedagógica.
Tenham bom proveito na leitura desta matéria e um excelente final de semana!
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