Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista
Nas duas últimas matérias sobre Educação, demos destaque sobre a importância da preparação do casal para a responsabilização pela família, a partir do desempenho escolar de seus filhos. Dissemos que, assim como é importante o planejamento para a vida a dois, o casal que pretende gerar filhos, ou adotar uma criança e, até mesmo, um adolescente, precisa fazer um plano de atenção para o acompanhamento dos filhos. Observar a conduta deste, o relacionamento com os colegas, com os professores, com o “staf” administrativo da escola, presencialmente ou através de depoimentos burocráticos da direção e do setor pedagógico, é de fundamental importância para evitar mal estar entre todos participantes da família e da vida escolar.
Lembramos, também, que defendemos, que a sólida integração, bem articulada, das instâncias condutoras do processo da educação escolar, uma condição sine qua non para o alcance da cidadania desejada aos filhos. Por outro lado, essa comunidade escolar, composta de educadores, gestores, estudantes e os pais, sem um consciente poder público para apoiá-la, pode ser um empecilho para o alcance do objetivo final: formar cidadãos conscientes dos conteúdos dos diversos saberes, que mudarão, para melhor, o comportamento social sociedade, e o desempenho profissional qualificado, adequado às necessidades vitais da sociedade.
Dado o exposto, até aqui, deduz-se que cada constituinte dessa comunidade escolar é responsável pela formação dos futuros agentes da sociedade que todos queremos. A escola deve oferecer ao educando o melhor legado possível, previsto pela Constituição Federal e, consequentemente, pelas constituições Estaduais e pelas Leis Orgânicas Municipais. E como um melhor destino de uma nação deve ser arbitrado pelo poder público, os projetos das políticas de exeqüibilidade do objetivo maior almejado, devem arquitetados com a ativa participação dos representantes sociais, incluindo-se os dos alunos. Assim, faz-se mister que um desmedido esforço, integrado, dos agentes responsáveis pelo sucesso escolar dos jovens tenha uma forte conexão, em termos de fóruns de debates e de congressos construtores das políticas públicas cabíveis e pertinentes aos anseios, principalmente dos familiares dos alunos.
Mas, para que a família alcance o prazer de ver, em um futuro próximo, as boas condutas e probas atuações de seus frutos (filhos) nos diversos segmentos oficiais da sociedade, ela precisa ser bem cuidada, amparada pelo poder público. E esse amparo diz respeito ao principal antecedente, capaz de transformar, para melhor, o mundo em que vivemos: educação dos adultos. Ninguém, de sã consciência, deseja a continuidade do império da violência, da desintegração e do abandono social, a que todos assistimos diariamente. A conduta das principais lideranças políticas locais e mundiais tem sido tão utilitarista, em benefício próprio, particular, que o acréscimo da miséria social moral, ética e funcional, somente tem desanimado pessoas desejosas de um mundo melhor, com adequada qualidade de vida, principalmente para os semelhantes seres em estado degradante e revoltante.
A rebeldia presente nas ruas, nas escolas, no âmbito familiar e, até, entre representantes do povo nos embates legislativos constitui o triste quadro que uma escola não pode exibir, estimular a reprodução, o desdém e a desilusão de tantos jovens. Sendo a ferramenta mais importante para a formação de corretos cidadãos, a família, a partir dos pais, precisa ser, indistintamente, educada a partir de projetos pertinentes à responsabilização social. Uma família sem estudo é uma porta escancarada para o seu desconceito primário, que deveria ser: preparação dos filhos para uma cidadania plena, responsável. Ela é uma ponte que conecta a vida cotidiana fora da escola com os saberes e as experiências transmitidas na vida escolar.
Tenha uma boa leitura. Bom final de semana!
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