A Inteligência Artificial e as Relações Sociais (I)
Prof. Eduardo Ubirajara R. Batista
Toda vez que surge uma nova ideia, que representa um avanço nas formas de comunicação – nas relações interpessoais e interempresariais, bem como de operacionalização dos meios de produção, principalmente, – reinicia-se o ciclo de fóruns e oficinas de apresentações, análises e de avaliações dos fins esperados ou atingidos. Desde os primatas, com as tentativas de fazer uso de materiais existentes na natureza e das descobertas das formas culturais de comunicação entre comunidades e viageiros, até nossos dias, a criação de novas técnicas de aperfeiçoamento dos modos e de relações de produção têm encantado a humanidade. Enquanto inovação surpreendente, “A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia revolucionária que tem impactado, significativamente, diversas áreas da [atual] sociedade. Um dos aspectos mais marcantes desse impacto é a democratização de serviços, que permite o acesso e usufruto dos benefícios por uma parcela, cada vez maior, da população.”, conforme Morais (2023)(**).
Todavia, sob o ponto de vista da empregabilidade, a IA pode gerar, no estágio atual, desemprego e, com isso, aumentar as desigualdades sociais, a exemplo de outras antigas e recentes tecnologias. Sob o ponto vista dos efeitos no clima e na cultura organizacionais, muitas dificuldades de adaptação à inovação da IA persistirão por um considerável tempo. Almeida apud Google(*), lembra que “Ao contrário dos seres humanos, a IA carece, ainda, da capacidade de compreender e expressar emoções […]”, de forma autêntica e genuína, que fazem parte da sensibilidade refletida na Inteligência Emocional (IE). E isso pode resultar, nas interações impessoais, falhas na interpretação de nuances emotivas em contextos sociais, o que leva a comprometer a qualidade das novas relações humanas.
Dado o exposto, essas relações apreentam-se revestidas de consequentes reações aversivas, o que compromete, também, no campo racional administrativo, buracrático, os relatórios analíticos de pesquisa, como exemplo, que são feitos recheados de falácias, contaminando todo o processo decisório da empresa. Tal como nas discussões atuais, acerca do descontrole do meio ambiente, que tem provocado alterações de saúde da população mundial, principalmente da parcela carente – de empego, de teto, de educação qualificável para o trabalho e para as saudáveis, pacíficas, relações sociais -, a evolução tecnológica exibe, também. questões éticas complexas, […] relacionadas à criação e ao desenvolvimento das inteligências artificiais. Portanto, o que [isso] é necessário considerar ao enfrentar o dilema ético?”
Morais propõe-nos, assim deduzimos, uma discussão construtiva. Isto porque são muitos os desafios que precisam ser refletidos, neste momento e que devem resultar em consequente melhoria da inclusão digtal, a partir desses foruns de estudos pertinentes. Observe-se, entretanto, que, entre o desafio principal, de ordem ética, está nas concorrências, que desauam na desigualdade digital. É que, para Morais, “Embora a IA tenha o potencial de democratizar serviços, ainda existe uma divisão digital significativa em várias partes do mundo. [Pois] A falta de acesso à infraestrutura tecnológica, para a maioria das nações, como conectividade à internet e dispositivos, o que limita a capacidade das pessoas se beneficiarem […] das inovações [tal como a] da IA.[…]” Esses obstáculos mascaram a democratização dos serviços, quando deveria haver uma preparação – capacitação prévia -, a fim de que quaisquer incrementações ou inovações, nos diversos setores de atividades na produção, na educação e cultura, na saúde e no lazer, fossem, de fato, inclusivas, libertadoras, equânimes.Quanto às questões éticas envolvidas em sua criação e desenvolvimento, veremos, detalhadamente, na segunda parte do assunto desta matéria, na próxima semana.
_________________________________________ REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Virgílio Augusto Fernandes. UFMG. A IA e o desmprego… Disponível em:?q=a+intelig%C3% AAncia+artificial+e+as+rea%C3%A7%C3%B5es+sociais&rlz=1C1FCXM_pt- PTBR1073BR1073&oq=A+intelig%C3%AAncia+artificial+e+as+rea%C3%A7%C3%B5es+&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUqBwgCECEYoAEyBggAEEUYOTIHCAEQIRigATIHCAIQIRigAdIBCjczMDMwajBqMTWoAgiwAgHxBWmutS8qEFe3&sourceid=chrome&ie=UTF-8 Em: 2 jan. de 2024 Acessado por eduardoubirajarabatista@gmail.com.br em: 18 out.2024.
MORAIS, Ênio. (UFS) Impacto Social da Inteligência Artificial. Disponível em: https://diariodocomercio.com.br/opiniao/impacto-social-da-inteligencia-artificial/ Acessado por eduardoubirajarabatista@gmail.com.br em: 12 dez. 2024.
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Desejamos aos leitores, do texto acima, bom proveito e um feliz final de semana!
Autor do texto: Professor Eduardo Ubirajara R. Batista
Editado pelo Jornalista Leonardo Teles
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